GENTE DE BEM
Parece que, pelas mais diversas e travessas vias, esse trombone de demagogia barata e ilusões primárias que opera em Espanha e dá pelo nome de Podemos - do clube do BE/Livre/Etc. - tem andado a viver à custa do partido irmão, o do Chávez, Maduro & Cª, com sede em Caracas.
A coisa vai, que se saiba, nuns modestos 14 milhões de euros, o que nos dá conta da solidarieade entre os irmãos políticos que por aí andam, uns na cadeia de Évora, outros espalhados por syrizas, be’s, tavares, dragas e quejandos. O “verdadeiro socialismo” sempre foi assim, solidário, amigo, preocupado com os outros. Reduziu a Rússia, Cuba, Angola, Moçambique, Coreia, China, etc. à mais desgraçada miséria. No nosso jardim, em versão moderada, foram só três bancarrotas e muita, muita asneira, para não falar em trafulhice.
Em interpretação venezuelana, é o que se sabe: já não há comida nos supermercados nem dinheiro para pagar dívidas, mas o bolivarismo é óptimo. Ainda ninguém fez as contas às empresas portuguesas e, certamente, espanholas, que já não sabem para onde se virar por causa dos não pagamentos do “São Hugo”, agora em versão Maduro. Talvez os milhões do 44, perdão, “do amigo” do 44, pudessem servir para atenuar tais problemas. Mais justo não podia ser, já que foi ele, o 44, quem empurrou as empresas para os braços dos doidos.
Desta feita, uma data de empresas fantasma e agremiações equivalentes “colaboraram” com o Podemos. Se se vasculhar mais, se calhar houve mais colaborações – candidatos não faltam cá no sítio -, através de “mecanismos” normalmente tidos por próprios do capitalismo de casino, como diria o parlapatão Soares.
A ver vamos se (mais) esta servirá para abrir os olhos aos espanhóis, a tempo de não vir a ficar nas mãos do tipo do rabo de cavalo. Entre nós, talvez também pudesse esclarecer os zelotas, ainda que poucos, do socialismo radical. A ver vamos.
26.2.15
António Borges de Carvalho