GLASGOW, A AMEAÇA
Está o nosso mundo mergulhado no mais inacreditável alarmismo de que há memória. Pelas ruas de Glasgow, e não só, pululam multidões aflitas com as mudanças climáticas, o CO2, os males do capitalismo, o medo da hecatombe planetária e outras ameaças. Tais aflições resultam na paragem do cescimento, na progressiva ruína economica, e noutras consequências, como no trabalho e na produtividade, coisas realmente importantes para acabar com a miséria e a fome; estes últimos males foram os que conheceram evidentes decréscimos ao longo das últimas décadas e são hoje vítimas inocentes do alarmismo apocalíptico em vigor.
Um exemplo: as energias renováveis. Hoje, gastos já triliões de dólares em moinhos de vento e quintas solares, a percentagem de tais caríssimas e fraquíssimas energias é de 0,4% do consumo mundial, sendo que a IEA (International Energy Agency) estima que, lá para 2040, tais energias produzirão, gastos mais uns vastos triliões, cerca de 2,2% do total. Entretanto, como acontece em Portugal, montanhas são ocupadas com moinhos que dão cabo da paisagem e das aves e que custam o que custam, sendo o resultado o aumento brutal dos preços ao consumidor: e, se considerarmos a ocupação de terras produtivas com centenas ou milhares de hectares cobertos de painéis solares, o resultado para o consumidor é o mesmo, ou pior. Acresce que estas energias são de fraca produção, o que está técnica e financeiramente comprovado. Mais acresce que são intermitentes, implicando a existência de centrais térmicas, estas obrigadas a involuntária intermitência oposta, com custos acrescidos em relação ao normal. Isto, ao mesmo tempo que se bane a mais produtiva e limpa forma de produção de energia: a nuclear.
É assim que a humanidade, ou poderosíssima parte dela, à pala de ameaças “estimadas” a esmo por computadores (cada “cabeça” sua sentença), se vai aruinando a uma velocidade, essa sim, alarmante.
Outro exemplo. Se atendermos às estatísticas das últimas décadas, dificilmente (ou só com muito “boa vontade...”) será possível concluir que os desastres naturais ultimamente ocorridos provam que a evolução climática é a causa de um aumento substancial de tais ocorrências. Mas, mesmo que tal fosse verdade, será que o simples declínio do consumo de energias fósseis acabará com a evolução, dita negativa, do clima? Não será, pergunto, que se trata de uma conclusão simplista, dado que não é possível, para além do imediatismo da meteorologia, prever com um mínimo de segurança a evolução do clima no planeta?
Como as boas notícias não vendem, a informação pública escolhe as más. Não há nada a fazer. As múltiplas previsões de múltiplos cientistas que afirmam que a situação não é, pelo menos, tão má como a pintam, não interessam aos media. Interessam-lhe as parangonas das Gretas&Ca, que seriam só risíveis se não fossem perigosas, a fim de arrastar multidões e vender jornais. O bom senso morreu, e quem não comer do prato do terror é ngacionista, fascista e outras bojardas da moda.
Haja quem resista, a bem da humanidade, da paz, da economia e da inteligência, coisas criminosamente espezinhadas em Glasgow.
2.11.21