JUNTINHOS
A negação da ciência é uma arma política da extrema-direita, apostada em impor a sua nefasta ideologia.
Isto diz o chevalier servant da dona Catarina, aquele carequinha assutado e hiper marxista que, diz-se, é presidente dos deputados do BE.
De acordo: há ideologias nefastas. Legítimas, porque há liberdade de pensamento e da respectiva expressão. Nefastas, as dos extremos, ou seja, tanto a do BE, do PC, do Maduro e do Kim (“ciência” marxista), como a do Salvini ou da Le Pen (“ciência” nacional), e respectivas adjacências de um lado e de outro, cá e onde as haja.
Pois é. O comunismo virou ferozmente nacionalista, isolacionista, euro ceptico. O nacionalismo virou soberanista à moda do princípio do Séc. XX. A mentalidade é a mesma. Sabe-se, de ciência certa e experimentada, que conduz à miséria, à “democracia iliberal”, à guerra. Veja-se, por exemplo, o pensamento desse velhíssimo jovem que encabeça a lista do PC, numa entrevista dada a um jornal qualquer.
Les bons esprits se rencontrent, por exemplo no parlamento europeu, onde os votos propostos pelos extremos são, quase sem excepção, aprovados ou reprovados pelo BE e pelo PC. Veja-se o currículo parlamentar da dona Mariza.
Ao mesmo tempo que se guerreiam e insultam, neo fascistas, neo comunistas, mais os puros, os não “neo”, vivem dos mesmos sentimentos, de opções simétricas mas de equivalentes resultados e objectivos, que isto de ideologias não é uma linha recta, é um círculo em que os extremismos estão juntinhos no arco, por oposição ao centro.
Tudo boa gente, tudo muito científico.
O Costa atura, e gosta, que isto do poder...
12.4.19