LE PORTUGAL C’EST MOI!
António Costa, primeiro-ministro absoluto da III República vai, step by step, revelando a sua verdadeira natureza. Mais do que o Roi Louis, que só se reclamava ser L’Etat, Costa é mais que o Estado, ele é Portugal, a Pátria, a Nação, a República, tudo, todos nós, o território, a terra, o mar, o ar, o continente, as ilhas, ele é tudo, o resto só existe porque se confunde com ele, não passa dele.
Por isso, e muito bem, quem criticar António Costa mais não faz, como ele muito bem diz, que ofender Portugal, essa coisa que ele personifica e que com ele se confunde.
Foi no exercício desta invejável qualidade, desta soberana competência, que se revoltou contra três díscolos políticos que tiveram a criminosa ideia de o criticar acerbamente, pondo a nu, miseráveis, o seu direito absoluto de, através de um documento aldrabão, impor à Europa um procurador judicial da sua escolha. Mais, a ministra que mandou tal carta fê-lo no cumprimento de ordens suas, como o demonstra a confiança inabalável que nela deposita. É preciso perceber que quem o critica está a criticar Portugal, a trair Portugal, como ele declarou com todo o direito e todo o mérito. É que, ele, Costa, em nome do Portugal (que é ele), tem o ininfringível direito de aldrabar quem lhe apetecer quando lhe apetecer.
Ao longo dos anos tem o ilustre senhor vindo a cimentar o seu poder, ajudado pelos poderosos ideólogos que o apoiam. Step by step, como digo acima. Só ele tem o poder de nomear e desnomear quem muito bem lhe apetecer, seja contra quem for e com que mentiras for, porque o poder é só dele, ele é o poder, o soberano absoluto.
Você atreve-se a contestar a munificência e a infalibilidade de tal poder? Então, meu caro você estará a trair a Pátria, Portugal!
Cuide-se.
9.1.21