LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O Dr. Gonçalo Amaral investigou a história do desaparecimento de uma criancinha britânica no Algarve. Concluiu que os pais estavam de alguma maneira envolvidos na história. Fê-lo a partir de investigações que, na sua capacidade profissional, realizou. Saiu da polícia e resolveu dar às estampa as concusões a que tinha chegado, mantendo a sua opinião.
Os pais da menina entraram em polvoró, o que é natural. Na sua “luta em busca da verdade” reuniram milhões, contrataram assessores, adjuntos, detectives, fizeram uma propaganda que foi muito para além do que mandaria a dor sem remédio de perder a filha. Na sua ânsia de “rentabilizar” o acontecido resolveram processar o Dr. Amaral por difamação. E parece que vão juntar aos milhões já raised mais uns 600.000 da indemnização a que o Dr. Amaral foi condenado pela nossa Justiça. Bingo!
Ora o que o Dr. Amaral fez foi escrever a sua opinião sobre o assunto. Não difamou ninguém. Acha, com razão ou sem ela, mas com base em dados, que o casal é suspeito.
Pergunto aos juízes se sabem que há, em Portugal, liberdade de expressão e, sabendo-o, se tal liberdade pode ser derrogada quando um especialista, mesmo que se engane, tira conclusões do que, profissionalmente, investigou.
39.4.15