LULAS DE CALDEIRADA
Houve tempo em que o Brasil era uma ditadura. Veio a democracia e, depois de muitas crises, apareceu um Presidente que deitou a mão àquilo, Henrique Cardoso de seu nome. Não era esquerdista nem burro, pôs ordem na bagunça, acabou com a inflacção galopante, criou uma moeda estável e credível e, ao contrário do que rezavam as pitonisas brasileiras e internacionais, criou um país com pés e cabeça.
A esquerda não gostou. Surgiram os inevitáveis gritos por mais “igualdade”, mas “justiça”, mais “segurança”, mais isto e mais aquilo, lá como cá hoje em dia. O cefalópode foi eleito. Confortavelmente sentado na pesada herança de Cardoso, foi gastando a massa, mais uma vez lá como cá hoje em dia. A coisa não lhe correu mal de todo. Quando se foi embora, ainda havia algum para gastar. Arranjou uma fulana que o continuasse. A fulana auto classificou-se quando se intitulou “presidenta”, à semelhença da dona Pilar del Rio. Demonstrou assim, à saciedade, que, além de analfabeta, era parva e demagoga. Não ia dar bom resultado. Assim foi. A economia “emergente” deixou de emergir, aos BRICS caiu o B. A malta percebeu e começou a espernear. Lá como cá, descobriu-se que o dinheirinho se tinha escoado por ínvios caminhos. Daí, a perseguição judicial, misto de Justiça e de política.
Lá como cá, as carecas descobriram-se, os esqueletos sairam do armário. O esquerdismo folclórico da “distribuição” distribuiu como se sabe. Por lá antes de cá. A diferença é que estamos mais atrasados, ainda há dinheiro a escorrer, o nosso "Dilmo" ainda está na maior. Por lá, parece que já se acabou. Mas o nosso destino é o mesmo, só difere no timing.
Apesar da infrene politiquice do Tribunal Constitucional e da pressão “distribuidora” e “justiceira” da da esquerda, a esperança por cá foi possível. Já não é. A diferança é que, por cá, ainda há muito quem não tenha dado por isso. Por lá, parece que a maioria já percebeu. Por cá, o continuador da política do desmascarado Pinto de Sousa ainda está na mó de cima. Por lá, a continuadora do cefalópode já era, ainda que faça os mais inacreditáveis e desonestos impossíveis para se aguentar e ao seu palavroso e primitivo guru.
No fundo, como se diz com alguma razão, continuamos a ser “países irmãos”. Sobretudo na desgraça.
18.3.16