MAIS ACTIVOS IMPORTANTES
A reboque da saída do Azeredo, aí veio uma cabazada de ministros e secretários de Estado. “Novo fôlego”, “mais dinâmica”, “frescura”, é o tipo de adjectivação com que, para disfarçar as fraquezas, o chamado primeiro-ministro brinda o grupinho de tantas e tão ilustres personalidades. Era preciso desviar as atenções do pessoal do caso de Tancos, era preciso baralhar os que não acreditam, ou nunca acreditaram, nem nas virtudes do Centeno, nem das da geringonça, nem nas do tal primeiro-ministro.
A maioria das refrescantes criaturas é gente de confiança, isto é, aparatchiques do partido, o que não é de estranhar, nem é um mal em si. Mal em si é a escolha de um cão de fila para a energia, um espernéfico ignorante na matéria, como tal várias vezes desmascarado pelo governador do BdP, um buldogue do Sócrates como alguém lhe chamou, um insuportável energúmeno, um trauliteiro do pior. Não se percebe, a não ser na medida em que o Costa prefira tê-lo a dizer asneiras no bom recato do gabinete, em vez de ficar no parlamento a piscar o olho à Catarina e a irritar toda a gente com as suas ditirâmbicas aleivosias. Há quem estranhe.
O que não causa estranheza nenhuma, por evidentes razões de modernidade sexual, é a escolha da senhora da cultura, corajosa mulher que “saíu do armário” e que, por isso, tem merecido os encómios da nova moral, dita “de género”. Um género que, por evidentes razões, muito deve agradar à chamada comunidade cultural. No caso, não é preciso perceber do assunto, mas pertencer ao que está a dar.
Dos outros, é o que se sabe. Diz-se que há um que não é mau de todo, e até já correu com um conhecido (para mal dos pecados do governo e de Belém) general.
A ver vamos o que se segue, na certeza de que há muitos e gravíssimos caminhos já abertos de par em par. Imparáveis.
18.10.18