MAIS NOTÍCIAS DA GERINGONÇA
Segundo um portal do Estado, a dívida do SNS estava, em Setembro deste ano, em 860 milhões de euros.
Normal. Habitual. Qual o espanto?
Vamos um bocadinho mais adiante:
Em 2011, o governo socialista deixou tal dívida em 1.616 milhões (só hospitais EPE). Em 2012, o governo legítimo reduziu para 714 milhões (só hospitais EPE); em 2013, a dívida passou a 652 milhões (só hospitais EPE); em 2014, a dívida reduziu para 556 milhões e, em 2015, para 452 (todos os hospitais públicos). Regressado o PS, em 2016 o pulo foi até aos 545, em 2017 saltou para os 837 e, em Setembro de 2018, estava em 860.
Informado com por este estado de coisas, o jornal privado chamado “Público” titula: Dívidas em atraso de 350 milhões serão o melhor de sempre nos hospitais (sic). Estão a perceber? Eu também não. Fui ler a “notícia”. É sobre a nova ministra que entra de rompante no geringoncial esquema de propaganda, tão no gosto dos nossos jornais. Diz a senhora que o governo tem um envelope de 500 milhões para ela pagar umas coisas. Quando? Não sei, nem ela saberá.
Como é política habitual de há mais de três anos a esta parte, anúncios são anúncios, pagamentos são pagamentos. Uma coisa não tem a ver com a outra, como o rabo não tem a ver com as calças. Não tarda, andarão os credores outra vez à nora, porque o chamado ministro das finanças acordou com os pés de fora e, vai daí fez mais umas cativações. Quanto aos pagamentos, logo se vê, como é costume.
Trocando por miúdos, ou por factos: Passos Coelho baixou a dívida da Saúde ao mercado dos 1.616 milhões do Sócrates para 452 - sem propaganda nenhuma; a geringoça, até Setembro deste ano, aumentou-a para 860 (quase o dobro) – mas, com habitual propaganda triunfalista, põe tudo de pernas para o ar.
E ainda há, por esse mundo fora, quem se irrite com as fake news das redes sociais. Nós não. Por cá, as fake news são oficiais!
Como diria o senhor de Belém, somos os maiores!
6.11.18