MILAGRE?
Durante o consulado da geringonça, o chefe Costa declarou que jamais entraria em conversas ou negociações, muito menos acordos, com o PSD. Esta atitude rasca, foi mantida com os necessários requintes de malvadez. A esquerda era tudo, o diálogo social e político era coisa “interna”, couto dos três da vida airada.
Esta miserável atitude foi mantida com a maioria absoluta, com excepção dessa inacreditável asneira do PSD que foi o acordo para a fundação da ridícula, ineficaz e contraproducente comissão para o “estudo do novo aeroporto”, coisa que viria a transformar-se, para além de ridícula, no inacreditável saco de gatos que o PSD tarda em denunciar.
Quanto ao resto, zero. Auxiliado por uma autêntica alcateia de media servis e de “pensadores” engagés, o governo ignorou tudo, mas tudo o que o PSD foi dizendo ou propondo.
Eis senão quando, o PS acordou, os seus parceiros de eleição (PC+BE) acordaram também. Com eles, a alcateia dos media et alia. Ao contrário do que aconteceu às ideias avançadas pelo PSD sobre a saúde, a educação e outras matérias, desta feita a algazarra substituiu o silêncio, e é gigantesca. É que Montenegro decidiu meter-se na área sagrada dos impostos, alicerce primeiro do poder do PS. Que ousadia! Que topete! As hostes do socialismo maioritário estremeceram. Qualquer redução de impostos (mesmo pequeníssima, parcelar e incompleta como a formulada no Pontal) veio tirar ao totalitarismo fiscal do PS & Cª a iniciativa de uma mexida na fortaleza do monstro.
Coitados, eles que já estavam a montar o palco, com foguetes e charamelas, para uma reduçãozinha de impostos a meter no orçamento, viram-se ultrapassados pelo PSD. Foi demais!
Milagre? Não. Uma invasão do santuário fiscal da esquerda.
17.8.23