MISTÉRIOS POLÍTICO-NAVAIS
Nem eu nem, suponho, praticamente ninguém, saberá ao certo quem, de moto próprio ou a mando, terá cuspido a notícia da demissão de um almirante e da nomeação de outro. Mas sabe-se que a tramoia estava montada pelo governo que temos e que foi veiculada pela agência de que o Estado, quer dizer, o dito governo, é proprietário.
A agência está a salvo de demandas ou críticas porque é estatal e porque o Estado foi substituído pelo PS, como toda a gente sabe. Parece que tudo se passou à revelia do Presidente da República, o qual se desbroncou como lhe competia ou convinha.
A coisa, para já, está no frigorífico, donde só sairá dentro de uns tempos, quando estiver garantido que pode apodrecer à vontade, até que desapareça por completo. Outro futuro não lhe estará reservado, uma vez que com ela se passará o mesmo que com todas as broncas onde o governo esteve, está ou estará metido: sem culpados, sem responsáveis, sem esclarecimentos merecedores de confiança.
Com a agência de notícias (do governo) passar-se-á mais ou menos o mesmo. A reserva de silêncio quanto ao informador, sacrossanto direito dos chamados jornalistas, pô-la-á a coberto de denúncias ou críticas. Isto ainda que pudesse parecer curial que a informação, dada a sua delicadeza, devesse ser confirmada por quem de direito. Terá sido? Ninguém sabe, nem ninguém procurará saber, a fim de que, com o tempo, o assunto deixe de ser assunto.
Nada que não esteja na boa tradição do socialismo-nacional em vigor.
Dirá alguém que o IRRITADO deveria, ao menos, dar a esta gente o benefício da dúvida. Não queriam mais nada?
6.10.21