MORAL REPUBLICANA
O IRRITADO nunca foi simpatizante das “causas” dos professores, uma vez estes sob o comando autoritário, e ordinário, de um representante politicamente qualificado do PC, Nogueira de seu nome, ou coisa que o valha. É chocante ver uma classe, tida por culta, obedecer cegamente a tal criatura, nas sua mais extravagantes exigências e nos seus populismos baratos, que, geralmente, saem caros a todos nós.
No entanto, ao ler no jornal que 800 professores em falta na educação pública iam (ou vão) ter salários entre 555 e 750 eutos, o IRRITADO vê-se forçado a rever a sua posição, não em relação ao tal Nogueira, ou coisa que o valha, mas no que respeita a tais pretendentes aos lugares em aberto. É sabido que os professores, que os há bons e, muitos, muito maus, não podem ser pagos desta maneira. Então um profissional qualificado (seja professor seja outra coisa qualquer), contratado pelo Estado, pode ganhar o mesmo, ou menos, que uma menina que vende pevides na mercearia ou varre escadas na Pontinha? Parece que não.
Não sei ao certo mas desconfio do número 800. Admito que, com os novos horários gentilmente oferecidos pelos geringonços, até sejam precisos mais professores. Com ordenados daqueles, a conclusão a tirar é que, ou o Estado socialista não quer contratá-los, ou só são precisos para efeitos duvidosos.
Nada disto é coisa compaginável com a propaganda e as “doutrinas” governamentais. Deve ser um problema de “moral” republicana.
23.10.20