MORALIDADE E TRANSPARÊNCIA
Há pelo menos dez milhões de portugueses (e muitos estrangeiros) que já perceberam o que se passou na história do trio Marcelo/Costa/Centeno versus Domingues. As célebres SMS’s já não interessam a ninguém, são chuva no charco em que se meteram.
Seria, pelo contrário, interessante saber que imparidades, que créditos marados, que amigalhaços, que asneiras e favores contribuíram para a derrocada da Caixa. Mas aí, alto! A esquerda, ou cobarde, ou estúpida, ou simplesmente desonesta, cerra fileiras para proteger os seus. É tudo secreto, nada se pode saber sob pena de “prejudicar a Caixa”, tudo deve ser escondido, isto é, uma esponja sobre o assunto, que se lixe a transparência, isto, meus senhores, é a moral republicana, bolchevista e trotsquista. As cenas e bocas, tão patéticas como nojentas, que a tal respeito se tem ouvido, visto e lido, são o sinal claro da qualidade de quem manda nesta pobre gente.
Gente que foi oficialmente informada que grande parte do buraco do BES mau (mais de mil milhões) se ficou a dever a dinheiro injectado em empresas do grupo Espírito Santo. Muito bem. Resta uma perguntinha, entre muitas: então se, no caso do BES, se informa quem deve e quem emprestou e como, por alma de quem é que, no caso da CGD, não se pode saber nada de nada, como defende a cáfila da geringonça? A resposta é: os Espíritos Santos estão na mó de baixo, os geringonços & Cª estão na mó de cima.
Em matéria de moralidade e de transparência, estamos conversados.
22.2.17