MORRER EM PAZ
Pois é. Parece que anda para aí uma data de gente a morrer. Ninguém parece saber, ou dizer porquê.
Há almas pouco crentes a clamar que são as consequências dos anos em que, por causa do terrorismo oficial, o SNS funcionava ainda pior do que de costume, as pessoas tinham medo de ir aos hospitais, quem ia, ou tinha covide ou era mandado passear, as urgências não eram frequentadas, não havia diagnósticos, ainda menos cirurgias, ou consultas. O panorama era a continuação do habitual mas em muito pior. É claro que as consequências haviam de vir, e aí estão.
Outras almas, habitualmente rotuladas de criminosas (classificação introduzida pela Armada), negacionistas e fascistas encapotados, andam a dizer que a culpa é das vacinas do almirante, a morte súbita, os derrames cerebrais e outras maleitas são provenientes das vacinas que nunca foram vacinas, só discutíveis tratamentos com aparente ou real eficácia na moderação dos sintomas.
Entretanto, tudo na maior. Os profissionais de saúde andam num virote corporativo (nunca, nem durante a ditadura corporativa, houve tanto corporativismo em Portugal), as “autoridades” metem os pés pelas mãos, a ministra vai dizendo uns disparates, a outra condena o bacalhau à Brás, o covide deixou de ser notícia, só aparece em letra pequena e em quantidades que há um ou dois anos seriam catastróficas mas agora já não, os testes caíram em desuso, a guerra da Ucrânia e os fogos é que é bom, o Presidente anda de automóvel a fazer a sua propagandazinha com uma senhora enjoativa, o PSD, e bem, zanga-se com ele, o primeiro-ministro diz que não há problemas, isto sem falar da ditadura da esquerda LGBTYFDSXCVB+-x:ETCETAL, que se apresta a condenar os “dissidentes” que dizem mal da nova antimoral instalada.
É o que está a dar, os mortos são conversa para académicos de pacotilha, não fazem manchetes nem compram publicidade.
Pois que morram para aí à vontade, a culpa é de nada e de ninguém como é costume e o SNS nada tem a ver com o assunto.
13.8.22