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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

MUITA PARRA E NENHUMA UVA


Muita gente há que acusa Passos Coelho, com alguma razão, de não ter cumprido as suas promessas eleitorais. É evidente, porém, que tem uma certa desculpa. É que, escarafunchadas as contas, verificou que a desgraça causada pelos socialistas era muito maior, mais funda e mais vasta do que lhe seria dado imaginar, ou do que a própria troica detectara. O país estava em derrapagem acelerada, com efeitos de muito mais longo prazo do que imaginável seria, os nossos principais mercados estavam em queda, a nossa economia sofria os efeitos de ter estado 6 anos virada para o consumo interno e para obras públicas insensatas e pessimamente negociadas.

Agora, a situação é diferente. Sabe-se o que se passa, para o bem e para o mal. Sabe-se o que se deve, sabe-se o resultado da integração nas contas do que andava, sob a iniciativa e o terno olhar do PS e do seu abominável líder, a aboborar debaixo do tapete.
Se Passos se pusesse a fazer novas e sorridentes promessas, então sim, estaria a comer as papas na cabeça do indígena. Disso está a encarregar-se, sem qualquer sombra de decência, o seu adversário Costa. Depois de ter andado pra aí a dizer inanidades, resolveu abrir o jogo, ou a batota.
Diz ele que vai:
1. Eliminar a sobretaxa do IRS;
2. Aumentar o salário mínimo;
3. Repor os salários da função pública;
4. Adoptar orçamentos plurianuais;
5. Criar um “fundo de poupança privado”;
6. Fomentar uma leitura “inteligente e flexível” das regras europeias, de modo a potenciar uma “lógica contracíclica” (?);
7. Criar um “mecanismo de monitorização da dívida para além de 66% do PIB;
8. Ressuscitar o Simplex do Pinto de Sousa;
9. Atrair os emigrantes;
10. Rever o sistema eleitoral… desde que não se diminua o número de deputados.
Para “realizar” estes brilhantes objectivos o Costa quer uma “maioria absoluta”. Mas, se não a tiver, que se lixe: faz acordos com toda a maralha que lhe surja à esquerda a pedir batatinhas.
Sublinhe-se que, na prelecção de blablá que hoje pronunciou, para ilustrar a magnífica obra dos seus camaradas não tem outros exemplos de excelência que não sejam o do seu factótum César, uma das mais sinistras figuras de um país, país que traiu sem escrúpulos por causa de um navio, e do camarada Sampaio, conhecido golpista político.
Quanto às promessas deste notável tribuno:
1, 2 e 3. Ninguém saberá e, por causa das moscas, o homem não diz, onde irá ele buscar a massa para estas maravilhas. Pura conversa sem sentido.
4. Nada contra. Só não se sabe como, já que os orçamentos, segundo a Constituição, são anuais.
5. A quadratura do círculo: como é que o Estado pode constituir “fundos de poupança privados”? Se o homem dissesse qualquer coisa como “procurar incentivar a criação de fundos de poupança privados”, enfim…
6. Com que então toda a gente é estúpida, só ele saberá interpretar com “inteligência e flexibilidade” essa coisa das regras europeias. Cheira a Seguro, não é? O homem vai a Bruxelas impingir inteligência! Grande português.
7. Para provar tal inteligência, isso da dívida, como diria o Pinto de Sousa, só é para pagar até aos 66% do PIB. Para além disso, haja quem se faça ao trabalho. Cá estará o IRRITADO para reconhecer tal e tão mirífico feito.
8. Esta é de estalo. Como é que um tipo que gere a câmara mais burocrática do país e, se calhar, da Europa e do mundo, o homem que fundou a mais inoperante de todas as medidas - o Simplis, coisa que nunca chegou a existir – se atreve a vir falar em simplificações? Haverá quem coma disto?
9. Haverá algum emigrante que regresse motivado por estas promessas destas?
10. Reformar o sistema eleitoral, quer ele. Sem dizer como, é evidente. Levantando um pouco o véu… reformar sim, mas com o mesmo número de deputados. Percebe-se porquê: a série de partidos minhoca que se acotovelam à sua esquerda, se houvesse menos deputados elegeria zero, o que seria óptimo para a Nação mas péssimo para a “abertura” do Costa.
Se a malta na conversa, onde é que isto vai parar?

7.11.14

António Borges de Carvalho

 

 

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