NÃO FOI PARA ISTO
De longa data, considero a Câmara de Lisboa um poderoso inimigo público, uma fábrica de entraves, uma monstruosidade burocrática geradora de corrupção, uma produtora de taxas e taxonas, um ninho de empatas. Os lisboetas viram algum alívio no tempo de Santana Lopes e Carmona Rodrigues, mas que, ferozmente perseguidos pelo visceral ódio da esquerda, foram sol de poca dura.
A mais recente grande vitória da ditadura camarária - os radares - em menos de um mês gerou a bonita receita de cinco milhões de euros só em multas por “excesso de velocidade” nas ruas da cidade. Trinta e oito mil multas! Em violenta sanha persecutória, a CML quer obrigar os automobilistas a perder tempo, a gastar mais combustível, a chegar tarde onde querem chegar, tudo a pretexto de excessos de velocidade absolutamente ridículos, estúpidos e anquilosantes, mas geradores de dinheiro, que passa de privado a público. Não chegavam os abusos, devida e legalmente incentivados, dos esbirros da EMEL. Era preciso mais para satisfazer a sede camarária e perseguir os cidadãos.
Desta humilde tribuna, digo ao Moedas que não foi para esta porcaria que lhe dei o meu voto.
22.7.22