NÃO VALE A PENA
Qualquer proposta, por mais lógica e justa, que ameace tocar a fímbria das vestes do poder do Estado sobre os cidadãos está condenada ao chumbo. Não vale a pena.
Seja o que for que possa alargar a área de liberdade dos cidadãos e retirar ao Estado a totalidade do poder sobre as poupanças, as opções, a liberdade de usar o que a cada um resta depois de impostos, está condenado ao insulto soez, ao processo de intenções, ao lixo. Não vale a pena.
Achar, como se atreveu a achar o CDS, que uma pequena parte dos descontos de cada um podia vir a ser objecto de opcional capitalização e garantia, não vale a pena.
O estado em que o Estado está é, objectivamente, inimigo das mais elementares liberdades. Coarcta as opções que lhe retirarem um milímetro de poder na gestão das nossas vidas e do nosso dinheiro.
O estado em que o Estado está fez da ferocidade ideológica protototalitária do poder a única cartilha, excluindo o conceito de cidadania livre e empolando as prerrogativas de uma burocracia anquilosante e mórbida, que alimenta com privilégios que aos demais estão vedados.
Não vale a pena tentar consensos com quem não se rege pela solução de problemas mas pela afirmação de princípios, por mais loucos, por mais demagógicos, por mais perversos que sejam.
O espartilho napoleónico/marxista é a nova filosofia do Estado.
Não vale a pena.
7.7.16