NAS GARRAS DAS BRUXAS
Ocupando duas colunas do DN de ontem, aparece uma coisa chamada “Esclarecimento”.
O IRRITADO leu, não ficou esclarecido nem percebeu nada. Mas fartou-se de rir.
Aquele tipo desagradável e antipático que é sobrinho da dona Maria Barroso e é, ou foi, áulico na corte do tio Soares, entrou em guerra com nada menos que três fulanas, todas elas de respeito. Coitado do homem! São elas a dona Fernanda Câncio (tão desagradável como ele), a dona Ana Cristina Leonardo (quem será?) e a dona Irene Pimentel (historiadora de esquerda, segundo a Cância).
Parece que andaram os quatro à porrada no Facebook e, como devem ter achado que, dada a sua cósmica importância, tinham que passar a coisa para a imprensa escrita, apareceram no DN a alardear os seus ridículos e patéticos desentendimentos.
A dona Cância disse que o Alfredo se “pegou” no Facebook com a dona Pimentel por causa do Hamas. O Alfredo diz que não, ele não se pegou com ela, ela é que se pegou com ele, “e de que maneira”! Ele coitadinho, só tinha dito que ela gostava de umas bocas da dona Leonarda sobre Gaza. A dona Leonarda tinha escrito que aquilo em Gaza é “uma guerrilha do …alho” (com as letras todas), o que muito ofendeu a sensibilidade do Barroso, para além de ser demonstrativo das virtualidades linguísticas da libertação da mulher (na opinião do IRRITADO). Segundo o ofendido, a dona Pimentel “curtiu” com a maior satisfação o parecer da Leonarda, julga-se que, sobretudo, o …alho.
Esta interessante polémica, de alta valia intelectual, prosseguiu com a dona Pimentel a chamar ao Alfredo “estalinista, fascista e social-fascista e filho da puta”! È de estalo esta finesse, não é? Aliás, na opinião dele, a fulana, ou a Irene, não sei, está “de cabeça perdida” com a polémica.
Entra a dona Cância, e diz que o Barroso andou a “tirar excertos de posts e comentários de páginas privadas”, e que a dona Pimentel "tinha o propósito de o censurar e difamar”. Tudo por causa do Hamas, não se percebendo de que lado está cada um dos contendores. E, pergunta o IRRITADO, essa gente que anda a fazer propaganda pessoal no Facebook acha que há lá alguma coisa privada?
Aqui, vem a Leonarda aos gritos, dizendo que o Barroso diz que ela “rematou”, “não tendo (ela) rematado nada”, que a utilização do …alho por parte de “uma senhora” é a coisa mais natural deste mundo e que ela até escreveu “pardon my french”(sic). Estão aperceber? Meus amigos, não estão a perceber porque não fazem, com certeza, parte da intelectualidade nacional, que é de esquerda, ça va de soi.
Diz a “senhora” que o tipo a “brindou com um chorrilho de insultos”. Tê-la-á mandado para o …alho? – pergunta o IRRITADO com a maior das inocências.
Remata a Pimentel que o termo “fdp”(sic) é perfeitamente adequado às características do Alfredo.
É claro que, no meio desta miserável literatura, não se fica a saber qual é a opinião dos beligerantes sobre o problema em questão. Será de presumir que sejam todos a favor do Hamas, dado que são todos de esquerda. Presunção que os textos publicados não permitem. Mas lá que têm piada, têm.
O IRRITADO não vai, nem por sombras, à bola com o Alfredo, mas, no caso destas patéticas demonstrações de primitivismo, até tem pena do homem, confrontado que está com três ferozes harpias.
Para divertimento do respeitável público, aconselha-se vivamente a leitura dos textos de tão ilustres e amorosas personalidades (DN de ontem, página 20).
3.8.14
António Borges de Carvalho