NOTAS DE UMA MANHÃ DE SÁBADO
Ele há coisas espantosas. A chamada descentralização, boa ou má ou assim assim, não sei ao certo, foi e é bandeira do Costa, do Rio, do PC, do BE et alia. Uma “fé” mais ou menos generalizada. Mas, atenção! Se for feita pela coligação já não presta. Foi ver as meninas do BE, os novos rapazolas do PC, os velhos jacobinos do PS, tudo aos gritos, que se trata de uma desgraça, que o governo o que quer é alijar responsabilidades, o caneco.
Em que ficamos? Ficamos em que tudo o que for tirar, ou delegar competências do sacrossanto Estado, é mau, mesmo quando, na véspera, de braço dado com o “excelente” poder local, era o máximo. O que, aliás, está de acordo com o “projecto” de tal gente: quem dominar o Estado, domina tudo, e quem põe esse tudo em causa está a tirar à matilha a “unicidade” de que precisa para as suas tirânicas ambições.
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O PR, afinal, está feito com o PS. Até condecorou um autarca socialista que foi acusado das maiores tropelias pelo Tribunal de Contas. Que descoco!
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O ultra oco Costa chegou à conclusão que a TAP, tal como existe, é “garantia da soberania nacional”. Fantástico, não é? É o que diz a experiência, pelo menos na cabeça do fulano: a Espanha, o Reino Unido, a Alemanha e muitos outros estão em franca crise de soberania desde que privatizaram as companhias de bandeira, não é? Se a estupidez fosse de ouro, tínhamos reservas com fartura...
Bom fim de semana.
14.2.15
António Borges de Carvalho