NOTÍCIAS DA GERINGONÇA
O formidável Cabrita, do alto da imponente papada, esqueceu-se de alertar o povo e as entidades que comanda da vinda do furacão, assim deixando no seu merecido descanso diversos meios da GNR e da PSP que poderia ter accionado. É que, segundo informações a que o IRRITADO não teve acesso, o dito ministro, como tinha muito que fazer, não deu pelos avisos do IPMA. Em sua defesa, um representante não identificado da geringonça sugeriu que a ministerial atitude representava um grande avanço do governo: é que, ao contrário do PM nos dias dos incêndios, não foi de férias, só se esqueceu de avisar.
Essa coisa das reformas antecipadas levou a merecida machadada. Não queriam mais nada?, disse o governo aos pretendentes. Mas, balbuciaram os atingidos, o governo tinha prometido... Pois pois, ripostou a bem tratada barbicha do tutelar ministro, isso eram boas intenções mas, como é do conhecimento de todos, de boas intenções está o inferno cheio, e a geringonça, a bem da Nação - como diria o professor Salazar - evita cometer pecados, tais como confundir boas intenções com palavra honrada.
Um intelectual, ao que dizem afecto à geringonça, aos seus conceitos morais e à luta contra a violência doméstica, veio alertar o povo para a ingente necessidade de dar largas ao “poliamor”, coisa de que nem a Catarina se lembraria. Muito bem! E, animada das melhores intenções, a mesma criatura classificou como “violência” o acto, verdadeiramente infernal e abusivo, de obrigar as criancinhas a dar beijos à avó.
Na sua nobre luta contra o capitalismo, as exportações, os incêndios e o neoliberalismo, o senhor de Belém passou uma tarde a arrancar os eucaliptos que renasceram das cinzas. A geringonça, cheia de amor pelo povo e de admiração pelo popularuchismo, agradecendo o contributo de sua excelência para a sua política, fez-se representar ministerialmente na cerimónia.
O juíz Carlos Alexandre queixou-se do algoritmo que, em boa hora, a espantosa ministra da justiça, na gloriosa senda do simplex, mandou fabricar para os sorteios de juízes, sabendo que, no caso Sócrates, o resultado final do “sorteio” só podia ser um. Mais uma reversão, em abono dos geringonciais conceitos. Dada a evidência das afirmações do homem, levou com um processo disciplinar no lombo para aprender a não dizer verdades incómodas.
Consta em imaginativos mentideros que o secretário Galamba vai visitar a EDP com dois pelotões da cavalaria a guardar-lhe as costas. Coisa desnecessária, uma vez que, a exemplo do seu mestre e guru Sócrates, levará na manga a solução para todos os problemas da negregada empresa.
Por hoje, é tudo. Bom fim de semana.
19.10.18