O BUSÍLIS
Sei de uma fábrica que, não se enquadrando nos altos desígnios do chamado governo, continua a trabalhar. Os funcionários medem a temperatura quando picam o ponto à entrada e à saída, trabalham com máscara e luvas, ao mais pequeno sintoma vão aos serviços de saúde lá do sítio, e ainda não houve uma quebra de produção significativa nem covide que se visse.
O patrão e os empregados, desalinhados com a política de quem manda e de quem apoia quem manda, devem acabar por pagar multas ou ir parar ao xilindró. É justo, não é?, a lei é para todos, quem não cumpre lixa-se. Que diabo, estamos num Estado de Direito, seja lá isso o que for, isto é, o que andar na cabeça de quem está na mó de cima.
E se, em vez de se seguir o princípio da paralização da economia, se seguisse o princípio contrário, isto é, o de só poderem funcionar as empresas que garantissem as cautelas do exemplo acima e as que não produzissem produtos indutores de contaminação?
Há exemplos disto em vários países deste mundo, não constando que tenham consequências negativas nem ponham tanto em causa o futuro das suas economias.
Mas o chamado governo não fazia tanta vista, não é? É aí que está o busílis?
9.4.20