O “DEBATE
Mais uma vez, os nossos (vossos, da geringonça ou quase) jornalistas tomaram a seu cargo evitar que houvesse qualquer coisa parecida com um debate. O único momento em que pareceu que o debate estava a nascer, com os políticos a tomar conta, os jornalistas trataram de interromper, parando a estamina dos oponentes e voltando ao domínio das entrevistas. Estivemos perante um programa em que já não se percebia quem eram as “estrelas”, se os três presunçosos pacóvios se os dois políticos.
Posto isto, a grande surpreza foi a prestação de Rui Rio. Quem já não tinhas ilusões quanto à subserviência do homem em relação ao PS, ficou de boca aberta. Rio não só se bateu taco-a-taco com o geringonço, como foi capaz de destruir várias arrancadas dele, todas, sem excepção, meras repetições da cassete da propaganda que as pessoas já sabem de cor: o “crescimento” da economia, a “excelência” dos serviços públicos, a “baixa” dos impostos, etc., tudo, ou quase, rigorosamente mentira.
O momento-chave do usurpador ouviu-se quando, chamado às responsabilidades, disse que se sentia responsável... pelo que correu bem. Uma confissão que não seria de esperar, isto é, nada do que correu mal é obra ou responsabilidade sua! É o rabo a fugir a todas as seringas, não há remédio para total auto-inimputabilidade da criatura, desta feita confessada e assumida. O homem teve um momento de verdade!
O que há de positivo nisto tudo é que pode haver gente a achar que, mesmo com os olhos fechados, a melhor forma de votar contra o PS ainda é votar PSD.
17.9.19