O EXPRESSO DO COSTA
Ontem à noite, o “Expresso” mimou-nos com uma sessão altamente reveladora. À mesa, dois tipos do PS (a dona Mendes e Carlos Gaspar), um apoiante feroz do Costa, antigo guru da extrema direita (um tal Júdice) e um rapaz do CDS cujo nome ainda não decorei.
Três a um. Uma boa demonstração do pluralimo e da independência habitual nos nossos media.
Do Júdice e da Mendes ouviu-se o que se esperava ouvir. Não merecem comentários, a falta de vergonha não os merece. Já o Gaspar, meu Deus! Sabe-se que o homem foi serventuário de Eanes, de Soares e de Sampaio. Sabe-se que se trata de um jacobino do mais acabado. Sabe-se que é do PS. Mas, pelo menos na minha opinião, é um tipo inteligente e um analista político de alguma valia, dentro das limitações que lhe são ideologicamente próprias. Desta vez perdeu a cabeça, só disse asneiras. Por exemplo, disse que a dona Ângela tinha levado 80 dias a negociar o governo com os rivais, mas esqueceu-se de um pequeno pormenor: a dona Ângela tinha ganho as eleições! Como se aplica tal exemplo à pessegada em que estamos metidos é coisa que Gaspar não esclareceu. Depois, disse esta enormidade: que o PS deixou de poder aliar-se ao PSD porque o PSD se coligou com o CDS! Então o PS (Soares) não fez um governo com o CDS? E com o PSD? Que raio de “analista” em que Gaspar de transformou. E disse mais: que o PSD nunca tinha feito coligações com o CDS. Então, e a AD, que ganhou duas eleições seguidas, nunca existiu?
Gaspar está velho ou foi contaminado pela peste do Costa?
Gaspar não será o melhor pano, mas tanta nódoa, credo, cruzes canhoto!
17.10.15