O HOMEM CONTINUA A ESBRACEJAR
Há um indivíduo, pouco simpático mas altamente convencido da sua discutível importância (facto é que, por razões que a razão desconhece, chegou, em tempos, a líder do CDS) que se dedica nestes tempos de defeso pessoal, que se espera definitivo, a zurzir o seu odiado Portas et alia com as mais diversas aleivosias.
Sou a favor do feriado do 1º de Dezembro, mas não conheço mais canhestra defesa da sua reposição que a lançada por esta criatura, talvez mais interessada em aparecer nos jornais do que na defesa de tal causa.
A seguir à patriótica campanha, foi o fulano tratando de fabricar críticas ao CDS - como o Capucho, o Pacheco e a Leite fazem ao PSD, com o generalizado nojo que merecem.
Não se sabe porquê, o jornal digital “Observador”, habitualmente sensato, resolveu dar abrigo a este desvalido díscolo político.
Desta feita, à falta de melhor, resolveu meter-se em intrincadíssima quão burocrática argumentação para se atirar às canelas do partido por causa da “fundação” de uma coisa que se chama “Comissão Política da PF (Portugal à Frente!)”. O homem já se esqueceu do seu velho entusiasmo pela pretérita “Comissão Coordenadora da AD”, órgão igualmente informal e oficioso que, nos anos 80, sem grande sucesso e sob a presidência do CDS, era suposto alinhar as iniciativas dos três partidos coligados. Mas isso de memória é coisa que lhe não deve assistir. Assiste-lhe, sim, o primaríssimo ódio que nutre por quem é “culpado” de o pôr em merecidíssima prateleira.
Vale a pena (ou talvez seja melhor não perder tempo com tal prosa de terceira), ler o arrazoado que a dor de cotovelo motivou no espírito rancoroso deste falhado. Declara o dito que “o CDS morreu”. Porquê? Porque, via prolixos raciocínios, parece que não terá sido ouvido na criação da tal comissão. É como dizer que a Comissão do Euro, como não é trezentos por cento formal, não existe, mesmo que lá tenham assento uma data de ministros das finanças! É como dizer que ASAE é politicamente inexistente, porque não está prevista na Constituição!
Quando o mau perder gere as mentes e quando a inteligência não abunda, o resultado é que a defesa das “ideias” se faz por via burocrática.
O “Observador” que se ponha a pau. Se lá mete gente desta, onde vai parar o prestígio que tem sabido conquistar?
13.8.15