O INSTRUMENTO
Quem vem acompanhando os episódios do caso Berardo, com olhos de ver/ler e ouvidos de ouvir, já tem dados que cheguem para perceber que o homem mais não foi que o instrumento de uma política que o ultrapassava, mas lhe convinha. É hoje para muitos o bode expiatório ideal dos males da CGD.
O caso CGD/Berardo não passa de um dos muitos da grande manobra socialista para dominar a banca, as comunicações, os media, tudo o que mexesse. Não se sabe, sequer, se foi o mais grave, ou o mais caro. Sabe-se que, com os dois maiores bancos na mão, com a TVI no papo, a PT no bolso, etc., o PS ficaria a abarrotar de poder e a proporcionar aos seus donos inúmeros potes de poder financeiro (chamemos-lhes só isto).
Algo falhou. É que o Berardo pode ser o que quiserem, mas de parvo tem pouco. Querem que me meta no BCP? A ideia agrada-me. Ora digam lá onde vou buscar o cacau para a operação? A máquina socialista resolveu o problema. A administração socialista propôs-se emprestar os hoje célebres 350 milhões sem garantias reais. O governo socialista achou muito bem. O Banco de Portugal socialista também. O Berardo a mesma coisa... desde que a garantia fosse o capital investido sob a forma de acções. Agora, comam-nas com batatas.
Apanhados na sua própria armadilha, os socialistas tratam de culpar o Berardo. Uns não “estavam lá”, como se não estivessem. Outros “não se lembram”, como se não se lembrassem. Outros, sedentos de prestígio que não merecem, apontam o dedo a terceiros como o Berardo.
O Berardo ri-se-lhes no focinho. Faz ele muito bem. O feitiço virou-se contra o feiticeiro. O feiticeiro mente, a ver se se safa. Desde há quase quatro anos, a imitar outros seis (ou mais), aculpa nunca foi, nem será, do verdadeiro culpado.
12.6.19