Ó MOEDAS, ESTÁS A VER ISTO?
Os vereadores não executivos da CML desataram a contratar assessores, dando continuidade a antigos, estranhos e caros costumes.
Almas menos avisadas poderiam achar que “não executivo” queria dizer sem pelouros, sem responsabilidades de gestão, quando muito opinadores e votantes. Não é assim. Os vereadores sem pelouros nem responsabilidades precisam de “assessores”, quer dizer, vão buscar apoiantes políticos eventualmente desempregados ou a precisar de um reforçozinho ao fim do mês (e não será pouco) para desempenhar funções, quais(?) sejam elas. Muito bem. Todos os eleitos se servem de assessores, com certeza para a primorar as importantes funções que não têm, para além de chatear aqui e ali. Parece que, em Lisboa, sempre foi assim. Talvez fosse, até, de juntar umas secretárias, uns motoristas, uns contínuos (auxiliares operacionais!), um Mercedes e um políca à porta para evitar atentados. Aceite-se. É a “tradição”.
Dada a gigantesca altura da sua categoria de prestimoso intelectual de esquerda, o extraordinário vereador não executivo e líder da importantíssima coisa chamada Livre, o ilustre Rui Tavares, vai mais longe que os demais: nove assessores, nove. É de estalo. O Município paga e não bufa. Nove para quê? É uma espécie de governo sombra, cheio de ministros, sob a gloriosa direcção do PM Tavares. Com que pelouros? Nenhum, que a nenhum têm direito. Ou muitos, sem funções mas com títulos: um para a polícia, outro para a limpeza, mais um para a iluminação, um engenheiro informático para a ciber defesa, um psiquiatra para qualquer eventualidade, outros três para assessores dos assessores, e, bem vistas as coisas, ainda fica a faltar muita gente. E a malta a pagar.
Ó Moedas, aturas disto? Se sim, não vais longe.
10.2.22