ÓPERA BUFA
Vários foram os actos da farsa do orçamento. O IRRITADO arrisca ver falhados os seus prognósticos, ainda que cheios de lógica. A farsa passou a palhaçada, os palhaços pobres revoltados, o palhaço rico a aproveitar para a grande jogada da vitimização, contentíssimo com a hipótese de vir a “gerir a bazuca” a seu belprazer, sem fiscalização de terceiros. O último acto passou à ópera bufa a que ontem se assistiu.
A esta hora (12.00 de 27.10), ainda não se sabe se alguém tirará um coelho da cartola ou um boneco vudu do bolso das calças, ou ainda se surgirão dos bastidores uns palhacinhos migrantes, ansiosos de fama.
Tudo é, ainda, possível. Atónito, o povo assiste, percebendo que a peça, de uma forma ou de outra, se transformará em tragédia, para grande alegria do comandante supremo.
O fim da geringonça é uma boa notícia, pensa o IRRITADO. O pior é que há quem preveja que o palhaço rico, Costa A, pode vir a ser substituído pelo Costa B, seu alter ego, saído das portuenses plagas para o continuar.
27.10.21