OPINIÕES
Demitiu-se o mui ilustre chefe das vacinas, patrão de um hospital arruinado que dá vacinas a torto e a direito, sábio que, no exercício das suas competências vacinatórias se declara adepto da Marisa e chama nomes aos eleitores do Ventura, ex-secretário de Estado de não sei quantos governos socialistas, figura cimeira da esquerdalhagem.
Muito bem, ou muito mal, como queiram. Foi o que aconteceu no “Público” de ontem.
O mui opinioso director da publicação faz o panegírico do homem, honesto, exigente, trabalhador, ínclita figura que se demite com honra e dignidade, merecedor de todos os elogios e da mais alta consideração, a quem a pátria muito deve. Muito bem: o artigo tresandava a avental, mas isso é o menos.
Na página das costas do mesmo número do mesmo jornal, o verrinoso João Miguel Tavares atira-se ao Ramos com uma floresta de mimos do mais brutal, do mais concreto e do mais provado, chama-lhe tudo e mais alguma coisa. Muito mal: não parecia cheirar a avental, mas isso quem sabe, pode ser uma questão de grau.
O IRRITADO, que não conhecia o Ramos de parte nenhuma, começou a vê-lo todos os dias a largar os seus bitates na TV. Estúpida ou ingenuamente achou que um homem, naquela posição, devia ser um impoluto independente ou, pelo menos, comportar-se como tal. Os dias passaram, e o IRRITADO começou a embirrar com o seu ar de professor de criancinhas. Tratava o cidadão com um paternalismo displicente, com um arzinho de condescendência, como quem fala com ignorantes e néscios. Estupidez ou ingenuidade? O homem afinal é um socialista ferrenho, foi escolhido como são escolhidos praticamente todos os que tocam instrumentos na orquestra do Estado social-costista. Foi nomeado segundo o critério do costume: a pertença e a fidelidade à tribo. Não passou muito tempo até prová-lo, o rabo do gato não tardou a sair da gaiola. A incompetência também, mas isso não é surpreza: faz parte integrante do socialismo “democrático”.
5.2.21