ORIGINALIDADES LUSITANAS
Grassa pela Europa fora uma onda de nacionalismo, de eurocepticismo, de contestação do euro, de soberanismo, de regresso a um passado que se julgava ser só passado. Partidos e gentes ditas de direita acotovelam-se por essa Europa fora, a ver quem vai mais longe na negação dos valores que estão na origem da União e a justificam. Apelidados de fascistas, sendo-o ou não, merecem a classificação.
Por cá está tudo de pernas para o ar. A extrema direita não reune mais que três dúzias de fanáticos pouco menos que idiotas e duas de motards de cuca e mente rapadas.
Onde grassa, entre nós, a onda de nacionalismo, de eurocepticismo, de contestação do euro, de soberanismo, de regresso a um passado que se julgava ser só passado? Toda a gente sabe: na extrema esquerda. No PC, no BE, num certo PS e nas universidades estilo Boaventura. O “fascismo”, em rigor, é o mesmo, os actores é que usam outros emblemas. A mesma postura, as mesmas reivindicações, a mesma pesporrência. Um fenómeno tão interessante quanto triste. Andamos ao contrário da generalidade dos europeus, como andávamos nos tempos da II República: temos "fascistas" aos pontapés.
Não saímos da cepa torta.
16.9.18