OS ENGANADORES
O homenzinho do Facebook proibiu as informações sobre o vírus na sua rede, remetendo quem as procura para sites oficiais e/ou científicos. Não se pode censurar esta censura global. No entanto, é interessante verificar que o homem, implicitamente, reconhece que o seu produto, como os do mesmo género - as chamadas redes sociais - são fábricas de mentiras, de desinformação, de manobras ilegítimas, etc., centros de irresponsabilidade, de anonimato, de engano gratuito e totalmente descontrolado.
Na informação dita “tradicional”, sabe-se quem escreve o quê, quem diz o quê. Os enganados, os perseguidos, os socialmente violados, as vítimas de notícias falsas, têm meios de defesa que, funcionando ou não a contento, lá estão à disposição de cada um. Na Net é o contrário. Podemos dizer o que nos vier à cabeça, doa a quem doer, enganando quem nos apetecer enganar.
Reconheço que, se calhar, não há nada a fazer. Os Zukerbergs & companhia têm negócios multimilionários. Não são ataquinhos de consciência como o que acima refiro que os ilibam de ter criado e explorar os seus inferninhos comunicacionais. Ao menos, podia obrigar-se quem desinforma a identificar-se de forma clara e iniludível. Como fazê-lo não sei, mas tenho a certeza de que tal está ao alcance das tecnologias que são a especialidade dos Zukerbergs e do poder de quem manda nesta coisa em que o mundo se transformou.
17.3.20