OS NOSSOS DIAS
A incontestada líder da indigência mental dos portugueses e da hiper-possidoneira, campeã do nacional-histrionismo, dona do mais estridente vozear e dos dentes mais equinos da Nação, deu com os pés (por quanto?) à balsemónica organização, e vai voltar a abrilhantar os dias do mais ignaro pagode. Segundo se diz por aí, o negócio contou com os milhões que o Estado deu aos media. Será? Isso não interessa, são bocas do Rio, valem o que valem, quer dizer, nada. Mas podem ser verdade: o erário público é capaz de estar a contribuir para o progresso da gritaria. O que interessa é verificar que as gargalhadas alarves da senhora, verdadeira boba, não da corte mas da plebe, valem milhões. Goste-se ou não, o novo emprego da espernéfica criatura é uma das grandes preocupações do povo, induzidas pelos do costume: os media.
Mas há mais: a segunda grande notícia dos dias é o triunfal regresso dess’outro grande pilar da nossa cultura, o senhor Jesus, homem de fartas melenas e altos triunfos.
A isto junta-se, com importância menor, uma reunião de amigos, com inimigos à mistura, que tem, ou teve, lugar em Bruxelas. Diz-se que vem aí muito dinheiro, mas, dada a profundidade do abismo, também se diz que não passa de peanuts. O camarada Costa, depois da proclamada “compreensão” que deu aos malefícios do colega Orban, viu o muito dinheiro passar a menos e, como é natural e costumeiro, prepara-se para o gastar da pior maneira, o que já está largamente anunciado com os milhares de milhões que irão para o hidrogénio, futuro elefante branco de estimação.
Há também uns incêndios para animar as artes. Felizmente ainda não tiveram importância de maior, a não ser pela morte de dois bombeiros e ferimentos em vários. Respeite-se.
E há o "incêndio" do BES/GES, coisa que vai levar uns vinte anos a resolver, lado a lado com o caso Sócrates e outros da mesma igualha. Nada de novo, é o costume.
Lado positivo disto tudo é que o covide está em quebra de influência. As duas marretas aparecem menos, o que é um descanso. Mas as manchetes continuam: tudo o que acontece, ou não acontece, é multiplicado pelas letras gordas que, quase sempre, nada de interessante dizem, a não ser que é preciso manter o terror bem vivinho.
E pronto, os nossos dias são assim. Vamos para a praia.
21.7.20