OUTRA VEZ A LISTA
Compulsado o que por aí se tem dito sobre a inexistente lista (que devia existir), pode concluir-se que, de um modo geral, as opiniões expressas dizem o contrário daquilo que a pobreza mental dos deputados, das direcções parlamentares, do Marcelo, do Mendes e da dona Manuela, quiseram meter na cabeça das pessoas.
Criou-se alta histeria política à volta de um assunto que não vale um caracol, a não ser nas tristes mentes dos citados e, acima de todos, na do Costa, esta tão limitada que não lhe chega para perceber o tiro no pé que a sua criminalizadora teoria representa. Os “responsabilizadores” multiplicam-se, fora com este, fora com aquele, mais o outro e aqueloutro! Um fartote. Um oceano de estupidez.
Vivemos num país cheio de “direitos” de privacidade e de personalidade. Há até uma comissão, ou coisa que o valha, certamente bem paga, destinada a “proteger” os dados, fiscais e outros, de cada um. Mas, quando se fala na possibilidade de preservar tais proclamados direitos, aqui d’El Rei que estão a pensar em criar privilégios! O crime, mais do que fazê-lo, é pensar na mera possibilidade de o vir a fazer. Mataste a sogra? Não, mas pensaste que talvez não fosse mau mandá-la desta para melhor. Um novo crime, o de pensar, pelo menos nas curvas da cabeçorra do Costa, mesmo que agir am conformidade não fosse crime nenhum.
E, afinal, as reacções da maioria dos que têm um bocadinho mais de operacionalidade nos neurónios, são unânimes: todos devíamos estar protegidos, e os que são, comprovadamente, habitual objecto de buscas, não direi mais protegidos que os outros, mas mais escrutinadas as tais buscas. Num bairro dito problemático, há mais vigilância, não é? Não porque os habitantes sejam mais que os de outros bairros, mas porque estarão mais ameaçados que eles. Não é difícil perceber, pois não?
Esperemos (metáfora!)que o recuo da arma do Costa lhe desfaça o focinho.
23.3.15