PALAVRA DE RIO
Rio veio dizer que à plebe não vai discutir nada com o seu adversário Rangel, uma vez que está ocupado com mais altos assuntos, a pensar nas eleições nacionais, não nas internas. Notável. Notabilíssimo político, a pensar em nós sem perder tempo com críticas ao adversário interno. Rio, agora - só agora - quer opor-se a Costa, não ao Rangel.
Houve quem acreditasse em tão nobres intenções. Tratava-se de um virar de página, como soe dizer-se. Após seis longos anos a dar ao Costa todas as abébias de que Costa precisava, o inigualável Rio descobriu que era chefe do maior partido da oposição! Acordou tarde, ou tarde piou? Não se sabe.
Descansem os crentes. No dia seguinte a tão notáveis declarações, Rio veio dizer o contrário, ou seja, voltou a atacar o Rangel, o qual “não está preparado para ser primeiro-ministro”, entre outros mimos.
Mais uma vez, Rio veio imitar o seu guru Costa, pelo menos no que se refere ao cumprimento da “palavra honrada”. Esperou só umas horas para desonrar a palavra.
À atenção dos eleitores do PSD.
11.11.21