PENSEM, POR FAVOR
Façamos umas continhas, com números redondos para facilitar a compreensão.
Ontem, dizem as notícias, morreram em Portugal 700 pessoas. Um número aterrador, como veem. Também se lê que, em média, nesta altura do ano morrem “normalmente” umas 300. Ficam 400.
200 são atribuídas pelas “autoridades”, ao covide. A gripe deixou de existir, em números oficiais não conta! Ficam 300 defuntos “a mais”, não atribuíveis, nem ao covide nem à gripe sazonal.
Deem um desconto: o ano tem sido mais frio que de costume, por isso é provável que, mesmo sem covide nem gripe, tenham morrido umas 50. Ficam 250. Porquê?
Suspeitem, mas com fundamento lógico. As pessoas, dado o medo que desde há um ano lhes vem sendo instilado, deixaram de ir às urgências, ou só vão quando já não há nada a fazer. Aterrorizadas, evitam os hospitais. Ou vão lá, mas como não têm covide, mandam-nas para casa.Há milhões de consultas adiadas sine die, com o seu cortejo de doenças graves não detectadas. Exames adiados são às centenas de milhar. Cirurgias nem se fala. O SNS está em estado comatoso. A política socialista foge dos privados como o diabo da Cruz. Os velhos não morrem só nos lares, também morrem em casa, quantas vezes sozinhos, sem assistência hospitalar, por que tal assistência está muito ocupada com o covide.
Então, a vossa (minha) suspeita será a de que, pela mera lógica das coisas, até morreu pouca gente.
Certas questões serão legítimas, ou mais que isso. Será que os confinamentos servem para alguma coisa? Será que os dos idos de Março serviram, ou foi a universal baixa do covide que melhorou a situação? Será que as escolas aumentam os contágios? Nada o prova. Ainda menos no caso das crianças mais novas. Será que é nos transportes? As próprias “autoridades” dizem que não. A culpa do Natal é conversa de tarados.
Certezas finais não haverá, a não ser que as “autoridades” se enganam e/ou nos enganam, ao mesmo tempo que, sem sombra de escrúpulos, nos arruínam e roubam o futuro aos que ainda o têm. Quem duvida não tem lugar nas televisões nem nos jornais, nem no discurso oficial: trata-se de “negacionistas”, “covidiotas” até “fascistas”, mesmo que sejam esquerdistas. Se aparecem uma vez, são prontamente saneados ou acusados de traição.
Enfim, é esta a universal epidemia, que pouco terá a ver com o covide. Note: eu não digo que não há quem sofra, ou morra por causa do covide. O que faço é pôr a fundada hipótese de estar tudo errado. Quanto tempo de desgraça será preciso para que haja massa crítica a este respeito? E se houver, tal tempo virá a tempo?
22.1.21