PERGUNTINHAS
Esta história da greve da TAP leva a colocar algumas questões eventualmente impertinentes.
Como é possível que haja pessoas, tidas por inteligentes, como o opinioso Sousa Tavares e o “cineasta” Vasconcelos, que achem importante ter, pública e “nossa”(?) uma “companhia de bandeira”?
Então a Ibéria, a British, a Lufthansa, por exemplo, deixaram de ser espanhola, inglesa ou alemã por terem deixado de ser do Estado? Então a Swissair e a Sabena, que o Estado levou à ruína e mudaram de nome e de patrão, deixaram de ser suíça e belga por causa disso?
Como é possível que tal gente, ainda que adepta de um socialismo mais ou menos nefelibata, alinhe com as opiniões subitamente ultra nacionalistas e habitualmente ultra estatistas da extrema-esquerda, opiniões que, felizmente, não interessam seja a quem for com dois dedos de testa?
Como é possível que haja um líder partidário com pretensões a primeiro- ministro que, no paroxismo da estupidez, queira vender a TAP na bolsa? Então uma empresa com capitais próprios negativos é aceite nalguma bolsa? Só se for na bolsa dos perdidos e achados da feira de Carcavelos. Como é possível tal criatura levar tão longe a procura de “temas” para compensar o extremo vazio da sua ridícula inutilidade?
Mudando de tema, como é possível que o país inteiro não esteja a discutir os limites do direito à greve? Como é possível que os pilotos canalhas que causam os danos que causaram e continuam a causar não sejam despedidos com justa causa e sem indemnização? Como é possível que, em alternativa, não sejam submetidos à lei marcial e postos a ferros se a violarem?
Como é possível que ignorantes do calibre do xarroco do PC que manda nos professores faça o que quer e muito bem entende sem que lei nenhuma lhe limite o “profissionalismo”?
Quantas Tatchers, quantos Reagans são precisos para, num país que protege abertamente os criminosos sindicais (chusmas de tachistas), meter alguma lógica, algum bom senso, nas leis totalitárias que permitem e protegem um sindicalismo bandido, ultrapassado, condenado?
É preciso coragem, eu sei, mas enquanto estes “representantes” dos trabalhadores (as mais das vezes representam meia dúzia mas têm, por lei(!), “jurisdição” sobre todos) continuarem impunes e forradinhos de “direitos”, e não forem travados, dificilmente sairemos da cepa torta, dificilmente algum investidor acreditará em Portugal, dificilmente os nossos esforços e sacrifícios verão algum resultado.
Há mais perguntas mas, para já, estou farto de perguntar.
14.5.15