PIADOCRACIA
Após duas semanas, ou mais, de furiosa e permanente propaganda, vai hoje para o ar um novo programa do proto-comuna piadético-mor destas terras, um tal RAP.
A avaliar pela publicidade (a equipa, o chefe, a capa de revistas, uma infinidade de “takes”, de paleio, de entrevistas, de “personalidades”, tudo de joelhos perante o “plantel” de artistas) vai tratar-se de coisa de altíssima valia piadocrática, política, cultural, etc..
Até, imagine-se, o senhor de Belém que, entre outras coisas, já tinha telefonado a desejar felicidades à intolerável Cristina (da SIC), parece que honrará este programa (da SIC) com a sua institucional e augusta presença. Onde pode chegar a publicidade (da SIC) é coisa que cada um perguntará. Quais os limites de tal coisa? É de pensar que lá irá também Sua Majestade Britânica e até, quem sabe, o Papa Francisco. Já terão sido contactados pelos funcionários do casting?
Verdade seja dita que, esgotado o filão do Gato Fedoreno, as prestações do RAP têm tido progressivamente menos piada. Chega a ser triste. Fica a impressão de que lhe está a acontecer o mesmo que ao velho Herman, cuja verve perdeu por completo a graça.
Espero que assim não seja. Mas achava graça se este programa, depois da gigantesca publicidade de que tem sido alvo, fosse um flop.
1.3.20