PODER DE COMPRA
Segundo cálculos ditos oficiais, a função pública perdeu, entre 2010 e 2018, tudo somado, 11,8% do poder de compra. A machadada começou, imagine-se, em 2010, no consulado do chamado engenheiro Sócrates (1,4%), um ano depois do grande aumento! A seguir, veio a troica, com as suas inevitáveis consequências (3,7 em 2011 e 2,8 em 2012). Assim, estranhamente ou nem por isso, nos anos após o primeiro choque, o ritmo de perda baixou! No terceiro ano do governo legítimo, a tendência inverteu-se, os funcionários viram o poder de compra aumentado em 0,3%! Em fins de 2015, a partir da chegada da geringonça, novas machadadas se seguiram 0,5, 0,6, 1,4, 1,4, em 2015, 2016, 2017 e 2018 respectivamente, julga-se em resultado da chamada devolução de rendimentos.
Farão os inúmeros economistas, sociólogos, comentadores e demais especialistas que por aí pululam, cheios de autoridade e de inegável sapiência, os comentários que entenderem e a ginástica mental em que são peritos. Ou não farão coisa nenhuma, porque os dados parecem inconvenientes. Quanto aos funcionários públicos, que olhem para isto, acendam uma luzinha no cerebelo, e vejam como são enganados todos os dias. Na certeza de que, se a luzinha não for fraca, farão umas contas tais que nunca mais cairão em geringonças.
17.4.18