PONTO DA SITUAÇÃO
Francamente, não percebo o que se passa no CDS. Verdade é que o líder é um papagaio irritante, que o CDS sempre foi um saco de gatos, que estão todos a olhar para o umbigo e que nenhum aparece com vontade de colar os cacos – com vontade de fazer mais cacos há muitos... - ou de esquecer querelas, momentaneamente que seja, e avançar para qualquer coisa que se veja. Ou muito me engano ou vai ser o fim da macacada, até porque o partido tem outros dois a saltar-lhe às canelas.
No PSD as coisas são de outra ordem. O Rio, em relação ao PS, não passa de um colaboracionista, um pacóvio promovido que já nem na sua “aldeia” sabe com quantos soldados conta. O eleitorado do centro e do centro/direita, apesar dos desgostos da orfandade, não desertou tanto quanto seria de prever ou o que o Rio mereceria. Ao fim de três anos de “gestão” política deste inútil e contraproducente líder, ainda haver uns 25% que vota PSD é um fenómeno de resistência colectiva digno de todos os louvores. É tentar manter uma réstia de esperança no meio da desgraça política em que, mais uma vez, o PS insiste em mergulhar o país.
Os dinheiros que talvez venham da Europa são muito em valor, mas muito pouco para as necessidades. O problema maior, porém, como já tem sido denunciado, é que, nos “planos” já conhecidos, o PS se propõe ser ele próprio, em nome do Estado, a gastá-lo. Continuamos na política do Pinto de Sousa: gastar dinheiros públicos a rodos deixando de fora uma coisa tão importante como a economia real. Em vez de auto-estradas de betão, gastaremos em auto-estradas digitais. Do lá-vai-um como as outras. Anúncios e mais anúncios de coisas que não se fazem mas cujo dinheiro desaparece. A “gestão” pública no seu melhor. A propaganda do diz, o diz que disse e que não disse, do faz mas não faz. O hidrogénio e outras ruinosas martingalas para louvar e engordar o Estado, encolher a economia e favorecer os amigos. O dinheiro talvez venha, mas desaparecerá sem resultados reais ou visíveis. Quanto mais dinheiro o PS receber, mais dinheiro irá para o cano, sendo fácil imaginar qual cano.
O PS prepara afanosamente mais uma colossal ruína do país. Quanto mais “planos”, mais reforço do Estado, ou seja, do PS. Se centrarmos a única esperança de salvação num PSD forte que isto denuncie e que mostre outro caminho, o que temos? O Rio! Nem denúncia, nem caminho, Nada. Será preciso esperar por mais uma hecatombe nas autárquicas para ver o Rio ir para casa?
21.2.21