PORTUGAL NOVO
Parafreseando o Estado Novo, aproxima-se o Portugal Novo.
Em marcha, a coligação BE/PAN tem já pronto para discussão e aprovação o projecto que levará, a curto prazo (conforme declarado), à abolição das corridas de touros. Para já, a divulgação televisiva de tal barbaridade será relegada para as horas da pornografia, a frequência do abominável espectáculo passará a ser só para maiores de 45 anos, etc., até à sua final extinção.
O mesmo acontecerá, mais tarde, ao fado, expressão tradicional de marialvismos e falocracias
Trazido ao poder pela mão de António Costa, o BE não dá tréguas na criação do homem novo, sonho de Marx e Mao, que deixará de se chamar homem (palavra sexista), estando ainda em estudo a criação de uma nova designação, talvez “primata inteligente”, designação que o PAN considera ofensiva para os macacos. Em alternativa, o núcleo maoista da organização propôs “poligénero” o que tem uma certa lógica, mas pode dar lugar a interpretações indesejáveis. Houve quem propuzesse “género humano”, designação liminarmente recusada, primeiro porque na cartilha do partido há inúmeros géneros humanos, segundo porque a palavra humano pode ser confundida com a palavra homem, que é redutora e sexocrática. Talvez “animal erecto”, quem sabe, mas a palavra erecto tem ressonâncias machistas. O assunto não é fácil, como se pode imaginar..
Entretanto, a academia científico-filosófica do BE procura ardentemente mais “causas fracturantes” - as que levam à produção do homem novo, objectivo final do verdadeiro socialismo.
A primeira luta será contra as palavras. A palavra sexo será abolida definitivamente, e substituída por género, sendo que, para o efeito, já largos passos tês sido dados, faltando apenas a respectiva lei, em discussão com o Pedro Nuno Santos. Seguir-se-ão as palavras masculino e feminino, as quais serão substituídas por uma lista, também já em elaboração, a fim de ultrapassar a fórmula LGBTI etc., tida por insuficiente. Outras inicitivas lexicológicas estão em vias de imposição. Por exemplo, a palavra pais passará a ter utilização exclusiva no caso de os pais serem dois homens, salvaguardando-se a palavra mães para os filhos das lésbicas. Tratando-se de vestígios das famílias antigas, a expressão será pai e mãe, ou mãe e pai, dando o BE liberdade para que cada um siga o critério que entender. Deixará, por exemplo, de se falar em bandos de pássaros, o que deixa de fora as pássaras. No desconhecimento dos géneros na classe das aves, o BE permitirá que se fale em dois sexos. No que às manadas de vacas diz respeito, conservar-se-á a designação tradicional, excluindo os bois, a fim de não suscitar a oposição das feministas. A palavra descobertas será excluída do dicionário passando a escravatura, isto no seguimento dos estudos do Boaventura, que gere a secção PC/BE da Universidade de Coimbra. Enfim, em matéria de novilíngua muito haverá a fazer, aqui ficando alguns meros exemplos.
Outros projectos legislativos estão em marcha, ou em estudo. Por exemplo, no Portugal Novo não haverá lugar a estátuas do Padre António Vieira e similares, que serão demolidas, estando já em marcha a respectiva campanha para ir habituando as mentes hoje alienadas pelo colonialismo e pela Igreja Católica. O mesmo acontecerá aos Jerónimos, ao Padrão dos Descobrimentos e a outros testemunhos da história contada com base em estereotipos sexistas e preconceitos de classe. A prazo, proceder-se-á à demolição de todas a igrejas, conventos e similares. As mesquitas serão mantidas, a fim de não ofender os povos oprimidos. A literatura colonialista será destruída através de um enorme auto de fé a realizar nos escombros da antiga Praça do Império, à qual será dado o nome de Esplanada Catarina Martins.
Será erigido o Museu dos malefícios históricos, segundo um projecto do Boaventura e do Pureza.
A censura de género, que vai dando os primeiros passos, será institucionalizada, bem como a respectiva polícia.
A eutanásia passará a obrigatória, em termos a determinar.
E assim por diante. O Portugal Novo nascerá! Na sua fase mais progressista, o território será devolvido aos árabes que, coitadinhos, foram corridos por um meliante, Afonso Henriques de seu nome.
Acima ficam alguns exemplos da meritória actividade do BE e afins, na sua imparável marcha a caminho da desgraça.
Por mim, viva o Santo António, seja de Lisboa, seja de Pádua.
13.6.18