PRINCÍPIO DE PETER?
O nosso admirável Presidente informou as gentes sobre a feliz não existência de populismos em Portugal. É estranho que a alta inteligência que lhe é reconhecida não chegue para descobrir os populismos que por cá medram e que, pior do que nos países que os têm, estão no poder.
Então dizer que os tratados não são para cumprir, anunciar que, se sairmos do euro, vai ser uma maravilha, querer renegociar a dívida de qualquer maneira, defender que se deve aumentá-la para dar mais dinheiro às clientelas, achar que devemos sair da NATO e da UE, prometer que todas estas formidáveis propostas são garantia de progresso económico e social, não condenar a Coreia do Norte, ser amigo do Maduro, do Castro, do Iglésias, do Melenchon, votar no parlamento europeu, sistematicamente, lado a lado com a Marine, tudo isto, e muito mais, não é populismo? Lá fora, se excluirmos o Trump, não há populismos no poder. Por cá, é o que se vê.
O senhor Presidente não dá por isso? Não é capaz de ver onde estamos a ser conduzidos? É um caso de princípio de Peter? Ou o emprego como chaiman da geringonça tem uma descrição de funções que o obriga a fechar os olhos?
26.5.17