PROGRESSISMO DE SAIAS
Segundo a filosofia em voga e os inultrapassáveis mandamentos do politicamente correcto, as mulheres passaram, pelo facto de o ser, a ter “direito” à chamada “descriminação positiva”, expressão contraditória mas já consagrada pelo linguarejar progressista. Consiste a coisa em obrigar a lugares cativos para mulheres, nos governos, nos parlamentos, nas empresas públicas (e privadas!), e em tudo o que é bom emprego. É a “paridade de género”, diz-se. Ainda não se lembraram de reservar uns lugarzinhos para os pederastas, as fufas, os transgénero e membros de outras congregações especializadas em partes baixas. Lá chegaremos, quando as catarinas e as isabéismoreira se lembrarem disso. E, se o PAN entrar na jogada, ainda veremos lugares reservados a asnas e a doninhas, por exemplo, desde que fêmeas.
Se eu fosse mulher, revoltava-me. Há algumas que o fazem, por uma questão de dignidade e de mérito pessoal, valores que estão em queda. Atitude incorrecta a delas, como é evidente, para não dizer reaccionária, fascista ou coisa que o valha, entre os vários adjectivos à disposição do léxico em vigor.
Aqui há tempos, a geringonça nomeou para altas funções no Banco de Portugal uma senhora socialista chamada Elisa. Nunca a vi, mas, pela informação disponível, achei que era uma boa escolha. Erro meu: não foi a proclamada e eventualmente verdadeira competência da senhora o que a levou para cima, foi ser mulher, o que, aos meus velhos olhos, é como cuspir-lhe na cara.
Adiante. Agora que, por iluminada decisão da geringonça, o senhor Louçã, menchevique do Conselho de Estado (!), foi alcandorado à posição de alto dirigente e inspirador do Banco de Portugal, novos e luminosos horizontes se abrem à instituição. A prová-lo, dizem os jornais que o chamado governo se prepara para reforçar a coisa mediante a introdução de mais mulheres na respectiva administração. Sim, mais mulheres, não mais pessoas com comprovada capacidade nas intricadas matérias de tão desprestigiada instituição. É o critério das saias. Nesta ordem de ideias, o IRRITADO permite-se fazer uma sugestão às superiores instâncias do poder, designadamente a Sua Excelência de Belém e aos demais geringonços. Têm eles à disposição figuras do calibre das donas Mortágua, daquela que foi candidata a Belém e cujo nome me escapa, ou da dona Rita Rato (no masculino!), por exemplo. Como se vê, o mercado oferece inúmeras oportunidades de reforço do respeito pelas regras sem que a procura dê muito trabalho.
À atenção das autoridades.
2.3.17