PROMESSAS E PALHAÇADAS
- Uma estratégia assente na qualificação
- Corrigir as assimetrias da moeda única
- Corrigir desequilíbrios entre recursos financeiros para pagar a dívida e os recursos necessários para os portugueses (pensionistas e investimentos para promover o futuro)
- Prioridade à concertação social
- Reposição do feriado de 1 de dezembro
Quem acha mal? Ninguém. São frases que resumem, segundo o “Observador”, as propostas de Costa. Frases. Significam, como é evidente, pouco mais que coisa nenhuma. Puro blabla.
Inócuas palavras, dir-se-á. Nem por isso. O problema é a forma de lá chegar, ou a interpretação que lhes for dada pela matilha de esquerdoides e 44istas a quem Costa dará o poder, se tivermos a desgraça de o lá ver. Se, por exemplo, ouvimos o PC a falar de democracia e das “mais amplas liberdades”, sabemos o que quer dizer: partido único, polícia política, censura, liberdade para os que alinharem e, mesmo para esses, pouca. Lícito será pois perguntar o que vão fazer os escolhidos do Costa. Não chegarão a tais exageros, conceda-se. Mas fica a dúvida quanto à “interpretação autêntica” ou ao concreto do que farão tais “intérpretes” e “concretizadores”.
A “estratégia da qualificação” é coisa com que todo o bicho careta concordará. Teme-se que a “qualificação” seja a mesma que aquela dos “qualificados” que o Costa levou consigo para o galarim do partido.
“Corrigir as assimetrias da moeda única”, ou seja, chegar à “Europa”, dar um murro na mesa, dizer umas bojardas e, dito e feito, a Merkel, o Dragui e o Junker, siderados pela luz do pensamento costista, arranjam uma data de carcanhol, tanto quanto o Costa precisar, e de borla.
“Corrigir desiquilíbrios...” Um dinheirão para os pensionistas prejudicados pelo 44 (o IRRITADO está nessa bicha) e mais umas autoestradas, mais umas PPP’s, porque não um aeroporto em Vilar de Maçada, etc.
“Prioridade à concertação”. Pois. Deve entender-se, já que tem havido muita concertação, que ele quer alargar a concertação ao Arménio, concedendo-lhe o quê? Tudo. O homem - e o comité central – não se consolam com menos.
Feriado no 1º de Dezembro? Pronto, chegámos à única proposta decente, e possível, fazível, porreira pá. Uma espécie de piscar de olho à direita?
Haverá quem coma disto?
30.11.14
António Borges de Carvalho