PROPAGANDA
A central de propaganda do chamado governo tem por missão fazer de fabricados fait divers assunto da maior relevância nacional. Veja-se o caso dos feriados, o da referenda do orçamento, com sessão solene e parangonas por todo o lado, a conversa com a dona Isabel de Angola com primeira página do Expresso e apoio expressso do PR, o não aumento dos livros escolares (como se houvesse inflacção), etc., etc..
Qualquer coisinha, se bem aproveitada, pode ser óptima propaganda. É a filosofia oficial: se se entretiver os servos com ninharias, eles não se lembrarão do que é importante: a ausência de poupança, a insustentabilidade da segurança social, a inexistência de investimento, a brutal queda da confiança externa, e tantas outras matérias merecedoras de alguma atenção, tudo “cientificamente” obnubilado pelas criações da propaganda.
Se o António Ferro (sem ofensa para o dito) ressuscitasse que inveja não teria!
31.3.16