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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

PROPOSTAS INCORRECTAS

 

O pessoal (IRRITADO incluído) queixa-se amargamente da destruição da classe média, via impostos malucos, cortes em salários, pensões e no mais que encontrarem para taxar. O carcanhol é preciso para tapar os buracos que há por aí, sejam eles quais forem e tenham vindo de onde tenham vindo. Isto é verdade, venha o mais pintado descobrir que assim não é.

Certo é que a classe média é vítima dos princípios sagrados do socialismo, neste caso da chamada “proporcionalidade”, usada esta à maneira de cada um, pelo governo, pelo tribunal constitucional, pelo “pensamento” político de quem é suposto pensar, etc., sem contraditório. Se usarmos este tão esquecido método – o do contraditório - pensaremos duas vezes, o que pode não ser inútil, ainda que pouco socialista.

Porquê a classe média? Porque, como é óbvio, em rendimentos, é onde mora a maior parte do dinheiro. Se a maior despesa do Estado é, de longe, em salários e prestações, não há volta a dar-lhe senão cortar aqui. Mas é facto que os contribuintes abrangidos pelos cortes não prefazem sequer 20% do total. E se os outros também pagassem? Uma pergunta a merecer uma resposta que poria o socialismo nacional em polvoró. É que a resposta é taxar os de baixo. Se pensarmos que os contribuintes não “ricos”, isto é, com menos de mil euros mensais, andarão, por defeito, pelos cinco milhões, se lhes fosse aplicada uma taxa de, por exemplo, 5 euros por mês, teríamos, ao fim do ano, nada menos que 350.000.000 de euros. E, se fosse “proporcional”, poder-se-ia obter uns quinhentos milhões. O que talvez pudesse aliviar a classe média sem causar problemas de maior aos que gozam do actual privilégio de não pagar um tostão. Fazia-lhes mossa? Pequena mossa. Não faz aos demais, e grande?

É claro que há outras receitas fiscais que se poderia aumentar, as taxas sobre o tabaco, as bebidas espirituosas, os produtos supérfluos e de super luxo, etc.. Também se poderia pensar em aumentar as taxas sobre produtos financeiros, mas estes, por um lado, andam pelas ruas da amargura e, por outro, as taxas teriam que ser vistas em função das praticadas fora, sob pena de o dinheirinho que resta ir para outras paragens à procura de melhor remuneração.

Onde reside o mais da massa “a sério” é onde há milhões de pessoas. E não há por onde fugir a isto. Pelo menos se se quiser aliviar a tal classe média. Aliás, as hipóteses postas vão no seguimento da douta opinião do tribunal constitucional, para quem a solução fiscal é, expressamente, a melhor. E até seria uma maneira de não se dizer que quem paga são sempre os mesmos, quando quem paga não são os que menos têm, mas os que cometem o crime de estar um bocadinho acima da fronteira da pobreza.

 

O IRRITADO espera não ser assassinado por causa disto.

 

21.8.14

 

António Borges de Carvalho

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