QUANDO?
Qual barata tonta, o chamado primeiro-ministro desdobra-se em acusações a este mundo e ao outro, na infrene tarefa de arranjar inimigos, culpados, canalhas que pululam por essa Europa fora, mobilizados para prejudicar a nobre Lusitânia, para lhe roubar a soberania, para usar tratados contra ela, para abusar das fraquezas nacionais, para arruinar a Nação e humilhar os portugueses, nobre povo Nação valente.
Mais não faz que tentar, por um lado, submeter-se aos argumentos da Bloca, por outro agradar à sua líder, Catarina a louca.
Vistas as coisas com olhos de ver, há em tudo isto uma lógica inultrapassável. Os “europeus”, à excepção do único aliado do chefe Costa (o Syriza, pois então, vem nos jornais), servem-se do peregrino argumento formal dos duvidosos 3,2% de défice de 2015 para disfarçar a verdadeira razão das eventuais sanções: a total, e geral, desconfiança nas loucuras políticas e orçamentais da geringonça. Não há uma só instância, um só governo, uma só pessoa no pleno uso das suas faculdades mentais que acredite no sucesso das mirabolantes receitas do Centeno ou nos optimismos do Costa e do seu parceiro Marcelo. Ninguém! Por isso, ao mesmo tempo que fazem crer na história dos 3%, instam o chamado governo a tomar medidas. Quais medidas? As que invertam o caminho. Medidas certas mas politicamente impossíveis. Costa depende dos que acham que o dinheiro brota como a água do luso e que só é preciso ter uns garrafões para dar de beber à economia. Caso contrário, cai. E, entre cair e arruinar o país, Costa não hesita: arruine-se o país.
Syrize-se a geringonça, syrise-se o país. Que importa, pelo menos enquanto estamos na mó de cima? As contas estão feitas. Se provocarmos eleições enquanto estamos na mó de cima, tudo bem: ganhamos, corremos como o PC, caso com a Catarina, o poder é nosso!
Talvez as contas lhe saiam erradas. O problema é quando, isto é, haverá ainda, nessa altura, alguma coisa que se aproveite?
14.7.16