QUANTO CUSTA?
Perante as ameaças da dona Avoila (raio de nome), o camarada Centeno, ministro das finanças do chamado governo, anda à nora. Confessa não fazer a menor ideia de quanto vai custar a semana de 35 horas da função pública.
Estendo ao tal Centeno a minha compreensão. É que, diz ele, o programa do chamado governo dizia que “a referência às 35 horas é muito clara”. Tão clara como isto: “não deverá implicar um aumento global dos custos com pessoal”. Perante tal clareza, o Centeno - conhecido pelas diversas quadraturas do círculo em que é especilista - deve sentir-se ultrapassado. Como é que vai resolver tanta clareza? Deixou-nos uma dica, que muito alivia quem se preocupa com estas matérias: o custo da redução do horário de trabalho “terá que ser nulo no conjunto da Administração Pública”. É que, se a Avoila manda, para já, passa a haver almoços grátis. A conta virá mais tarde.
Parece que (números finais) a passagem às 40 horas poupou ao Estado mais de 150 milhões. Deve ser por aqui que o Centeno vai começar a “raciocinar”. A conta deste almoço das 35 horas, quando chegar, vai ser bem mais cara que isto. Não há problema: se o Centeno, a braços com centenas (de milhões) for falar com o Costa, ele explicar-lhe-á que isto de números é relativo e que, ao nível do Estado, 200 milhões é peanuts: como tal, confundem-se facilmente com o “nulo” que o PS prometeu. E o problema fica resolvido.
Contas são contas, que diabo!
14.1.16