QUE GENTE É ESTA?
Consultas entupidas, cirurgias adiadas, confusão nos serviços aos doentes internados, tudo porque há quem queira trabalhar menos 5 horas por semana. Bonito.
Pois. Eu sei que trabalhar faz calos e que os calos são uma coisa desagradável. Mas a pergunta que há a fazer é se o direito à greve se sobrepõe ao direito de quem precisa de uma cirurgia, de uma consulta, de uma urgência, de uma assistência. Ou seja, se os que têm a faca e o queijo na mão tem mais direitos que os que precisam do queijo.
Diz-se que os enfermeiros e quejandos são mal pagos. De acordo. Salvo poucas excepções, haverá alguém bem pago em Portugal? Haverá alguém que, querendo progredir na vida, trabalhe só 35 horas por semana? E que direito há de prejudicar os mais carentes para fazer exigências de privilégios que aos mais não são dados? Pois, eu sei, são funcionários públicos, membros de eleição de uma aristocracia laboral inamovível, indespedível, vitalícia. Também sei que teriam com certeza outros meios de negociar os privilégios.
Parece que um mínimo de moralidade é coisa que deixou de fazer parte do vademecum dos portugueses.
28.7.16