QUE MAIS NOS IRÁ ACONTECER ?
O Rangel, no discurso de derrota, fez o que podia, ou sabia, para defender a união dos militantes à volta do vencedor. Ilusória sinceridade.
O Rio, no discurso de vitoria, teve duas frases que dizem tudo: “não prometi nada a niguém” e, logo a seguir: “mas não sou ingrato”. Mente na primeira e, à segunda, desmente-se a si próprio: os lugarzinhos lá estarão, não por nepotismo, claro, mas por gratidão. Fiquem os áulicos descansados.
Adiante disse que união sim, mas só para quem quiser, o que quer dizer que a “união” para os amigos. Os outros são descartáveis, ou estão descartados à partida. Não será o presidente de todos os filiados, mas só daqueles que o adularem, acéfalos e ignaros.
Está tudo dito, e confirmado. Como desde o primeiro dia, Rio só trabalhou para dividir o PSD em bons, os yesmen, e maus, que têm ideias. Quem tem ideias é dividionista, quem lhe obedecer como um cão, é óptimo. O debate acabou-se, o que o que o Rio promete é a sua imperial ditadura.
Não é estranho que todos os opinadores considerem que o PSD está dividido ao meio, talvez irremediavelmente.
O Costa e o Chega, grandes vencedores des eleições no PSD, abrem garrafas de champanhe. O Jerónomo, de vodka, a Catarina, de cachaça, até o PAN abre um frasquinho de sumo de groselha, fruto dos hectares da rotunda chefe.
A honestidade do vencedor ficou demonstrada. Declarou que ia pensar no país em vez de se meter na campanha. Outra coisa não fez senão atacar o concorrente, e à bruta. Qual país, qual carapuça. E, sem surpreza, redeclarou vinte vezes que está às ordens do Costa.
O espantoso é que houve quem votasse nesta... não digo o quê.
Que mais nos irá acontecer, nas mãos de gente desta?
29.11.21