QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA
Pois é, quem não chora não mama. Sobretudo se quem chora é alemão.
Foi muito interessante. O Pepe, sem intenção, como foi evidente, tocou com o braço nas fuças do germânico. Este, que mal terá sentido o toque, percebeu a oportunidade e atirou-se ao chão, “cheio de dores”. O Pepe chegou-se e mandou-o parar com a mariquice. Facto é que, quando o tudesco percebeu que o árbitro já tinha recebido a mensagem, ficou imediatamente bom da tromba, fresquinho como uma alface. A coisa estava ganha. O Pepe foi para a rua.
Já tinha ficado evidente, na cena miserável do penalti que deu o primeiro golo aos do taco, que era capaz de haver alguma “combinação”. Com a expulsão do Pepe, a coisa confirmou-se. E voltou a confirmar-se quando, atirado ao chão o nosso que ia marcar, aí não foi penalti não senhor.
Querem mais? Não é preciso. É sabido que os balcânicos são uns tesos. Mas, que diabo, assim tão sensíveis...
O mais estúpido disto é que a República Federal Tudesca teria, é de pensar, ganho de qualquer maneira. Jogaram melhor, não há dúvida. Então, para quê estas cenas? Uma questão de cautela, dir-se-á. Talvez, mas fica muito, muito mal.
Daqui se prova que os árbitros, por mais incompetentes, mais burros ou mais corruptos, no fim, ficam sempre na mó de cima. São como o Tribunal Constitucional. Contra eles não há recurso, nem ninguém os põe na rua ou na prisão.
16.6.14
António Borges de Carvalho
NB. 1. O IRRITADO pouco percebe de futebol
2. Quando o Pepe foi para a rua o IRRITADO apagou a televisão.
3. O IRRITADO abomina os filósofos e os comentadores da bola.
4. O IRRITADO pede desculpa desta incursão no terreno, mas ficou irritado demais.