RANKINGS
Andaram os jornais do fim de semana entretidíssimos com o chamado ranking das escolas. Páginas e páginas, gráficos, classificações, critérios, tudo seguido de pareceres, elogios, críticas, um mar de comentários. Tudo bem.
Ou tudo mal, se virmos a opinião de gente tão grada como o chamado ministro da educação que, logo seguido por uma das manas esquerdoidas, veio a correr dizer de sua justiça. O rapaz revolta-se contra as “lógicas hierarquizantes” do ranking e as suas consequências descriminatórias. Já se sabia que este neocomunista primário era contra tudo o que cheirasse a diferença. Avaliações? Nem pensar: funcionam contra a “igualdade”. Nem avaliar professores, nem alunos nem escolas, nada! Nada de “lógicas competitivas”.
Sublinha a criatura que o tal ranking não é obra do ministério. Havia de sê-lo? Claro que não, o ministério não avalia coisa nenhuma, não tem que saber o que corre bem e o que corre mal, não tem que tomar decisões que possam significar que há alunos bons, maus e assim assim. O mesmo no que se refere aos professores e a tudo o mais que cheirar a “diferença”. Se está mal, não se melhora, o ministério não julga não pensa nem avalia: nivela, e se, para nivelar, for preciso nivelar por baixo, nivele-se na mesma: o importante é que todos fiquem “iguais”, nem que fiquem todos igualmente ignorantes ou mal ensinados.
É clássico. São assim as “massas”, ignaras e destinadas a ser conduzidas pelas “vanguardas esclarecidas”, isto é, pelo partido ou por quem o representar.
Os resultados desta filosofia já estão à vista. Não vale a pena sublinhá-los mais uma vez. O que vale a pena sublinhar é que o chamado primeiro ministro ouve as teorias e vê os resultados – destinados a agravar-se brutalmente com o passar do tempo – das políticas do seu governo, e assobia para o ar ao mesmo tempo que se diz democrata, europeu e apostado na “qualidade”.
5.2.18