RECONCILIAÇÃO
Ninguém no seu perfeito juízo porá em causa, bem pelo contrário, a condecoração póstima que, trinta anos depois!, foi dada à mais “visível” das vítimas do grupo terrorista de extrema esquerda conhecido por FP 25.
Pergunta: em que prisão estão os assassinos? A que penas foram condenados? Como pagaram à sociedade os seus feitos? Resposta: não estão em nenhuma prisão, não foram condenados, nada pagaram. Pelo contrário, foram amnistiados, indultados, devolvidos à sua pacata vidinha. A bem, diz-se, da “reconciliação nacional”.
Sabe-se, ou a seu temo se soube, quem foram. Uns já terão morrido em paz com a sua “conciência” e com a sociedade. Outros andarão calmamente por aí. Diz-se que até os há cujas importantes opiniões ainda hoje aparecem nos jornais.
E as outras vítimas? Não merecem homenagem? Foram muito bem mortas? Não merecem, pelo menos, uma manifestação de repúdio e de tristeza pela sua morte? Não merecem citação, recordação, nada?
Eu sei que não vale a pena, trinta anos depois, andar a pensar nisto ou fazer seja o que for a tal respeito. Mas “isto” não deixa de fazer uma confusão dos diabos.
17.2.16